O Templo de Hatshepsut, também conhecido como Templo de El Der El Bahari é um dos mais belos do antigo Egito. Foi construído por ordem da rainha-faraó Hatshepsut para ser seu templo funerário. Hatshepsut foi uma das mulheres mais poderosas da antiguidade, mais poderosa do que Cleópatra e Nefertiti.
O Templo de Hatshepsut tem três níveis de terraços, com colunas magníficas, afrescos, estátuas e esculturas. Difícil de descrever um templo originalmente tão bonito. No Templo há espaços em homenagem e reverência à deusa Hathor, ao deus Anúbis e, na parte central superior, o santuário de Amon.
Hathor, segundo a mitologia egípcia, é uma deusa da religião do Egito Antigo que personificava os princípios do amor, da beleza, da música, da maternidade e da alegria. Era uma das divindades mais importantes e populares do Egito Antigo, venerada tanto pela realeza quanto pela população. É descrita como a “Senhora do Ocidente”, que recebe os mortos no pós-vida.
No julgamento dos mortos, no tribunal subterrâneo (muitas vezes chamado Salão das Duas Verdades) o coração do morto era pesado com uma pena como padrão (representando simbolicamente Maat). O coração que pesasse mais do que a pena era considerado indigno, seria devorado pela deusa Ammit e seu dono condenado a passar a eternidade no submundo. Os indivíduos de coração bom e puro eram enviados para o paraíso. Anúbis era quem guiava as almas dos mortos no Além.
Sobre Hatshepsut:
Hatshepsut nasceu em Tebas. Foi mais poderosa que Cleópatra e Nefertiti. Foi a filha mais velha do rei Tutmés I e da rainha Amósis. Seu pai, Tutmés I, expandiu de maneira nunca antes vista o império egípcio. Quando seu pai faleceu, Hatshepsut era a única sucessora direta, pois todos os irmãos dela estavam mortos.
Contudo, intrigas palacianas impediram Hatshepsut de assumir o trono, colocando no poder Tutmés II, filho de uma esposa secundária de Tutmés I. Segundo a tradição, Hatshepsut teve que se casar com o novo faraó Tutmés II.
Ela se tornou, assim, esposa de seu meio-irmão, o que representou um duro golpe para o seu orgulho, afinal, Hatshepsut era descendente direta de um grande faraó. Lentamente, no entanto, ela se rodeou de servidores fiéis e aumentou seu poder gradativamente, até se tornar uma oponente perigosa para os que a haviam traído quando seu pai morreu.
Seu marido Tutmés II faleceu jovem, deixando dois filhos, ambos de esposas secundárias, que ainda estavam na primeira infância, por isso, não estavam aptos a governar. Como ocorrera na geração anterior, Hatshepsut, a esposa real, havia dado à luz apenas a uma menina. Mais uma vez, os servidores do alto escalão agiram no sentido de controlar a sucessão, mas Hatshepsut os derrotou, assumindo a regência até que Tutmés III alcançasse a maioridade. Hatshepsut, na qualidade de grande esposa real do rei Tutmés II, assumiu o poder como regente durante a menoridade de Tutmés III.
Logo nos primeiros anos como regente, ela afastou seus oponentes da cena política e nomeou pessoas de sua confiança para os principais cargos. E quando se sentiu suficientemente forte, proclamou a si mesma faraó, tornando-se a terceira rainha-faraó de que se tem notícia na história do Egito. Assumiu, então, todos os atributos masculinos do seu cargo, menos o título de todo-poderoso.
A ideia mais genial de Hatshepsut, no entanto, foi a de se proclamar primogênita do próprio deus Amon, além de seu substituto na Terra. Para validar essa filiação e garantir seu status, ela certamente teve de pagar um altíssimo preço aos sacerdotes, que, por sua vez, lhe asseguraram um reinado sem dissidentes.
Hatshepsut dedicou a maior parte de seu período como governante máxima do Egito a embelezar o país e restaurar os templos. O centro de suas atividades foi a capital, Tebas, mas também edificou a famosa Capela Vermelha do templo de Amon, em Karnak. Na cidade de Tebas, seu arquiteto favorito, Senemut, desenhou e comandou a construção de um templo funerário que se tornaria uma das mais belas joias do Antigo Egito: o Dyeser-Dyeseru (o sublime dos sublimes).
Ainda que Hatshepsut tenha passado à história como uma governante pacífica, a verdade é que ela realizou várias campanhas militares: contra a Núbia, para proteger postos fronteiriços no norte e também para atacar a cidade de Gaza, na Palestina.
No 15º ano do reinado de Hatshepsut, Tutmés III começou a lutar para recuperar seu poder. Não se conhecem as razões, mas num único ano morreram os principais servidores da rainha-faraó. Logo depois, faleceu a filha de Hatshepsut, Neferura. Lentamente, a rainha-faraó se afastou do poder.
Por todo o Templo de Hatshepsut é possível ver retratos de Hatshepsut ora como rainha e ora como faraó, como um homem com uma barba postiça. Com a morte de Hatshepsut, Tutmés III assumiu o reinado.
Hatshepsut morreu em seu palácio, na cidade de Tebas, abandonada por todos, depois de um reinado de 22 anos (1479 a.C. a 1457 a.C.). Sua tumba encontra-se no Vale dos Reis.
Outro ponto interessante, Hatshepsut foi mãe adotiva de Moisés. Conta a Bíblia que Hatshepsut, então filha do faraó, foi se banhar no rio Nilo. Hatshepsut viu um cesto no meio dos juncos e mandou uma de suas criadas ir ver o que era aquilo. No cesto havia um menino chorando, Moisés, que viria a ser o libertador do povo hebraico do cativo no Egito.
Vídeo mostrando o Templo reconstituído:
O Templo de Hatshepsut é um dos lugares do mundo que merece ser conhecido.
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