quarta-feira, 11 de julho de 2018

Quando "jogar" (no computador) deixa de ser diversão para se tornar um vício?

No final do ano passado, um garoto japonês resolveu se casar. Mas o que aparentemente era uma notícia boa, na verdade era o sintoma de um grande distúrbio. O problema era a noiva: uma personagem do videogame “Love Plus”, cujo objetivo é exatamente a formação de casais entre os personagens.

 

Essas formas extremas de se relacionar com os jogos eletrônicos podem parecer até engraçadas, mas significam algo bem mais preocupante para quem as vivencia, mesmo que os usuários não cheguem a absurdos como no caso do jovem japonês. Uma pesquisa realizada pela universidade de Iowa, nos estados Unidos, comprovou que videogames viciam O estudo coordenado por Douglas Gentile entrevistou 1.178 jovens com idades entre 8 e 18 anos e concluiu que um em cada dez destes fazem uso patológico dos jogos eletrônicos. O psicólogo brasileiro, Alexandre Pill afirma que o estudo é importante para alertar sobre o uso crescente dos videogames, usados tanto por adolescentes quanto por adultos.

“O jogo é uma válvula de escape. E o vício é uma forma de encobrir, de compensar problemas que não se consegue resolver” diz, segundo ele, é hora de começar a se preocupar quando a vontade de jogar começa a atrapalhar a vida social. Por exemplo: Se a pessoa, porém, começar a deixar de sair com os amigos, cancelar viagens ou faltar a encontros familiares para jogar, pode ser indício de que a diversão deu lugar ao vício.

Mas ao contrário do que se pensa, o tratamento não é obrigatoriamente a proibição dos jogos ou a exclusão do computador da rotina do jogador. “O vício é só um sintoma é preciso tratar as causas. A vida das pessoas depende cada vez mais do computador como dizer para alguém que não pode mais se aproximar da maquina?”, questiona Pill.










Enquanto o computador é uma ferramenta incrivelmente útil e que pode ajudar você a fazer muitas coisas, passar tempo nele parece ser fácil demais. Muitas crianças têm problemas com gastar bastante tempo conectadas, para a preocupação de alguns pais. O vício em computador, especialmente em alguns aspectos (tais como jogos ou mensagens instantâneas), tem sido descrito como "apenas" um vício mais poderoso que o das drogas, e ainda que seu filho não tenha chegado a esse ponto, seu uso excessivo do computador poderia levar a problemas mais sérios futuramente. Observe que os passos que envolvem softwares (como Keyloggers ou verificação do histórico da web) podem ser facilmente contornados.

1
Converse com seus filhos sobre o uso excessivo de computador. Descubra se existem razões específicas para que ele/ela passe tanto tempo no computador -- às vezes o computador funciona como uma fuga da realidade. Se seu filho está enfrentando problemas que podem estar causando um desejo de "escapar", tente identificá-los.
  • 2
    Remova o computador para uma área aberta se já não está em uma -- às vezes tirá-lo do quarto das crianças é suficiente para reduzir o uso do computador e facilita monitorar o acesso delas.
  • 3
    Estabeleça uma senha para o computador, assim somente você poderá acessá-lo. Seus filhos terão que pedir para que você insira a senha para ativar o computador. (Porém, isso não é recomendado para crianças mais velhas, que precisarão acessá-lo para estudos e outras razões).
  • 4
    Descubra o quão ruim é a dependência de seus filhos, e do que exatamente ela está dependente -- seu filho passa mais tempo no computador jogando online, em chats ou apenas navegando na Web?
  • 5
    * Se ele/ela está viciado em adquirir informações, desde que sejam legais, seguras e decentes, então isto não deve ser um problema. Utilizar a Internet para educação, ao invés de bate-papo/jogos, é uma ótima razão. Sites de programação pertencem a uma classe útil de sites, e fornecem uma habilidade que vale a pena aprender, e ainda ensinam uma prática que será benéfica. Se seu filho é viciado em coletar informações, então é um vício benigno e útil para sua educação. Elogie-o por isso. Se ele precisa usar salas de bate-papo, indique sites educacionais onde a ênfase está no aprendizado de uma habilidade, não em socializar somente, já que eles são menos sobre quem e mais sobre onde, quando e por quê.
  • 6
    Algumas crianças atravessam fases onde elas gostam de salas de bate-papo, depois decidem que isso não interessa mais e seguem para sites mais educativos, ou seja, relacionados a programação de computador, história, culinária etc. Exemplos de sites que não causam preocupações na maioria dos casos.
  • 7
    Determine um limite dentro da quantidade de tempo que seus filhos podem ficar no computador por dia. Na realidade, porém, limites de tempo raramente funcionam devido ao estresse da vida moderna. Enquanto as crianças crescem, elas aprendem por si mesmas, na maioria dos casos.
    • Primeiro, informe a seu filho o tempo-limite dele, e veja se ele é capaz de cumprir o limite sozinho. Isso não irá funcionar, realmente.
    • Se ele não puder controlar seu tempo no computador por si próprio (o que provavelmente será o caso, se sua dependência for séria, ), comece a usar um cronômetro. Uma vez que o tempo acabe, seu filho tem que sair do computador. No entanto, algumas crianças descobrem sozinhas que uma atividade pode se tornar entediante depois de um tempo; com a informática não é diferente.
    • Estabeleça um limite em sua própria quantia de tempo, para ser um bom exemplo. Se seus filhos observarem que você está seguindo suas próprias regras, então eles estarão mais aptos a seguirem também.
  • 8
    Fique atento ao que seus filhos estão fazendo no computador. Verifique o histórico do navegador de Internet para saber quais websites eles estão visitando, ou instale um Keylogger para monitorar os programas que eles usam. Veja abaixo por que não usar keyloggers ou monitorar softwares.
  • 9
    O uso de keylogger é, no mínimo, questionável, devido a questões sobre privacidade para outros indivíduos e convidados que utilizam o computador, então realmente, não use-o (já que quem entende pode desinstalá-lo). Além disso, o uso de keylogger é considerado uma violação de privacidade.
  • 10
    Compre ou baixe um programa que restringe o uso do computador. Pais frequentemente encontram dificuldade em fazer cumprir os limites de tempo, porque seus filhos iniciariam uma briga. Se necessário, compre softwares que impõem limites de tempo ou bloqueiem o acesso ao computador ou à Internet. Com alguns desses programas, os pais devem tomar medidas decisivas ao adicionar tempo em vez de removê-lo ou restringir seu uso. Tal atitude não deve ser tomada com relação a crianças mais velhas. Em particular, se seus filhos têm mais de 20 anos, poderão achar isso uma inconveniência. *Nota: O Windows 8.1 e sistemas mais recentes permitem que você estabeleça limites de tempo para controlar quando determinada conta pode ser utilizada.
  • 11
    Existem também programas que permitem que a criança "mereça o tempo", em sites determinados pelos pais, como redes sociais populares. A criança normalmente ganha o tempo ao responder corretamente questões educacionais (de matemática, por exemplo) relevantes para sua idade. Uma vez que a criança utiliza todo o tempo conquistado, o site se torna restrito a menos que a criança queira ganhar mais tempo.
  • 12
    Substitua o tempo que seu filho normalmente gastaria no computador com outras atividades -- brinquem com jogos de tabuleiro, leve-o à biblioteca, incentive-o a praticar esportes com os amigos, etc. Certos hábitos são difíceis de abandonar, e é ainda mais difícil quando seu filho não tem nada para fazer. No entanto, algumas crianças são de fato solitárias ou não possuem habilidades sociais, então o uso do computador torna-se um substituto para contatos sociais.
  • 13
    Determine tarefas extras para seu filho ou retire alguns privilégios se ele continuar a usar abusivamente o computador. Embora seja seguro dizer que o uso exagerado de computador pode simplesmente vir a acabar quando o indivíduo constatar que se tornou uma atividade entediante, como acontece com qualquer outra atividade.
  • 14
    Avise seu filho que se ele não puder controlar seu tempo no computador, você terá que livrar-se do eletrônico completamente. Muito embora ameaças não sejam recomendadas.
  • 15
    Seja coerente com seu aviso, e remova o computador. Se seu filho tem seu próprio computador, remova o cabo de energia e coloque-o em algum lugar onde ele não será capaz de encontrar sem o seu conhecimento. Infelizmente, muitas crianças contornam essa situação de qualquer forma, e muitos computadores são compartilhados hoje em dia.
    • Se você tem mais de um computador, será preciso monitorá-los para garantir que seus filhos não estão utilizando-os secretamente. Confira o histórico da Internet de seu navegador para saber se há websites lá os quais você nunca visitou (às vezes malware pode ser a causa, e não seu filho. Mas isso se trata de PC hackeado, um tópico separado). Você pode também instalar um Keylogger, que registrará qualquer atividade no computador. Keyloggers, porém, não devem ser usados, por questões de privacidade ou razões de segurança.
  • Dicas

    • Observe que é possível limpar o histórico de Internet. o método mais óbvio é esvaziar completamente o histórico. Contudo, tal prática é utilizada para salvar espaço em disco, e pode não ter a ver com privacidade, portanto não pressuponha o pior. Algumas utilidades da limpeza do histórico tornam impossível recuperar esse arquivo, conhecido como index.dat no Internet Explorer.
    • (Tenha em mente que a criança pode não ter feito isso furtivamente -- keyloggers podem às vezes causar lentidão no funcionamento do computador, e talvez ela só quisesse manter a memória virtual livre para jogar.)

    Avisos

    • Não deixe seu filho substituir todo o tempo que utilizava no computador pela TV ou videogames -- o vício nesses tipos de entretenimento pode ser formado, também. Porém, o vício em TV pode ser considerado "benigno".
    • Seu filho pode reagir com raiva quando você seguir os passos para acabar com vício dele -- esteja preparado para lidar com a birra infantil.

    Notas

    • Lembre-se que há um monte de coisas benignas para ler na Internet.
    • Quando as pessoas são novas na Internet, elas irão inevitavelmente cometer erros. Isso é uma experiência de vida. Se seu filho comete um erro online, deixe passar. Às vezes as crianças não possuem habilidades sociais ao usar os sites de bate-papo e aí perdem o interesse por eles. Permita que elas cometam seus próprios erros.
    • Se seu filho quer conhecer uma figura pública (i.e. celebridades locais, personalidades da TV, popstars, locutores de rádio etc.) offline, isso é, na maior parte, muito seguro, uma vez que figuras públicas podem ser facilmente identificadas.

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