Criminosos usam pragas (vírus) para roubar 'ouro' de usuários.
Ladrões de senhas de games são vírus. Os principais softwares de segurança detectam algumas ameaças, como o PWS-Mmorpg.gen (McAfee), OnlineGames (Avira) e Infostealer.Gampass (Symantec). Em alguns casos, no entanto, os alertas dos antivírus são ignorados pelas razões explicadas mais abaixo: o programa malicioso é disfarçado de algo muito útil que o gamer quer, o que o convence a executar o software e ser infectado.
Cracks, cheats e trainers: arquivos falsos ou infectado
Há quem diga que os jogos trazem vírus ao PC simplesmente por eles serem jogos. Não é verdade. Eles são como outros programas: eventualmente uma brecha de segurança é descoberta, mas na maioria do tempo seu uso é seguro. O problema, no entanto, é o comportamento de alguns gamers perante arquivos relacionados ao seu divertimento.
É o caso, por exemplo, dos cracks – programas feitos para burlar as proteções anticópia dos jogos. Embora a “cena” de pirataria seja séria – dentro do possível, nesse caso –, sites maliciosos tiram proveito da obscuridade e ilegalidade desse conteúdo, colocando cavalos-de-troia junto aos cracks. Nesse caso são legítimos “presentes de grego”, afinal, o internauta pensa estar baixando algo que só vai beneficiá-lo, mas na verdade o torna vulnerável.
O mesmo acontece com cheats – "trapaças" que podem envolver aplicativos – e outros plug-ins e modificações que o jogo possa ter.
Em muitos casos, o vírus é acoplado a um programa legítimo. Em outros, o programa prometido pelo criminoso nem sequer existe, sendo a própria promessa uma isca para que as vítimas baixem o software. Afinal, um programa que não existe não poderá ser encontrado em lugar nenhum senão no site malicioso.
Para se proteger, fique longe de cracks, cheats e outros plug-ins não-oficiais. Certifique-se de que a modificação de que você gostaria de ter existe. Procure relatos de pessoas que já a utilizaram e evite jogar em servidores piratas.
Falhas em jogos on-line
A revista científica IEEE Security & Privacy publicou em sua edição de maio e junho quatro artigos sobre games on-line. Com os games ficando cada vez mais relevantes, é bem provável que novas pesquisas vão aparecer. Infelizmente, dos quatro artigos na revista do IEEE, apenas um está disponível gratuitamente.
Uma falha de segurança é algo que permite um ataque normalmente impossível. Poderia um internauta ser infectado simplesmente ao abrir o jogo? Ao conectar num servidor? Ao receber uma mensagem no chat do servidor? A resposta para essas perguntas é normalmente a mesma: “não”. Na verdade, não deveria ser possível infectar o jogador de nenhuma forma durante a operação do jogo. Porém, caso exista uma vulnerabilidade no game, nada é garantido, e tudo pode ser possível.
Existe também o lado do servidor. Ele precisa garantir que todos os jogadores estão devidamente autenticados na rede e que não estão tentando usar nenhum tipo de trapaça. Isso pode ser difícil, e é talvez o maior desafio dos games on-line. Alguns trapaceadores insistentes chegam a recorrer às técnicas usadas por criminosos para esconder vírus no sistema para esconder o programa de trapaça.
No caso de jogos que permitem que você abra um servidor próprio, brechas que atingem o componente de servidor podem ser bem graves e é preciso atenção à existência de correções.
Para se proteger: Mantenha seu jogo atualizado. Muitos gamers já fazem isso não por segurança, mas porque os jogos on-line exigem e sempre há novos recursos ou correções de problemas significativos. É uma situação diferente do que acontece no Windows e outros programas, em que muitos não percebem os benefícios de atualizar o software. Ainda assim, vale reforçar a importância da atualização.
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