1>>> Caçadores de fantasmas
Essa era a função dos psicopompos na Grécia, também chamados de condutores de almas. Espantavam fantasmas que atacavam seus clientes e os orientavam ao repouso eterno. Durante a luta de dois gladiadores, o psicopompo representava a figura do deus Hermes. Vestido de preto, ele carregava um caduceu de bronze, o bastão com duas serpentes que simbolizava o deus. Sua função era demonstrar que as almas que conduzia estavam realmente mortas. Quando um lutador caía, o condutor de almas queimava o infeliz com seu caduceu em brasas para se certificar de que havia passado desta para uma melhor.
2>>>Papagaio de aristocrata
As figuras mais importantes de Roma contavam com um escravo que tinha a função exclusiva de permanecer ao lado de seu senhor para lembrá-lo dos nomes das pessoas com as quais se encontrava nas ruas ou eventos. Alguns senadores chegavam a ter dois desses nomenclatores de uma vez.
3>>>Calçadora de sapatos
A sandaligerula tinha uma função cobiçada entre os escravos pelo esforço diminuto. Na Grécia e na Roma antiga, as senhoras de respeito carregavam suas sandaligerulas a festas e jantares. A escrava tirava os sapatos que a ama usara na rua e os substituía por sapatilhas de festa. Tirar os próprios sapatos era uma tarefa tão humilhante que até o convidado mais pobre levava com ele uma sandaligerula.
4>>>Gladiatrix
Os senadores romanos viviam aprovando leis que proibiam mulheres na arena - e elas viviam desobedecendo-as. As coisas mudaram sob o imperador Nero, que patrocinou jogos com a presença de mulheres em 55 e 63 d.C. O imperador Domiciano também ousou, realizando eventos em que mulheres lutavam à luz de tochas. "Como nos shows de rock, o fim da noite era reservado às estrelas", conta.
5>>> Depiladores de axila
No século 2 d.C., quase todas as cidades do Império Romano tinham sofisticados banhos públicos, onde homens e mulheres removiam os pêlos do corpo, sendo que as axilas recebiam uma atenção especial. Os instrumentos de trabalho do depilador: pinças, lâminas em forma de foice ou piche e cera de abelhas no lugar da navalha. Os especialistas também usavam gordura de asno, pó de víboras, bile de cabra e sangue de morcego para torturar, ou melhor, depilar os clientes.
6>>>Fornecedor de feras
No circo e no anfiteatro, as feras sempre foram parte da diversão dos romanos. Em 186 a.C., no Circo Máximo, leões e panteras eram exibidos entre as corridas de carros - sem divisória entre os espectadores e os grandes felinos. O fornecimento dos animais era garantido pelo "praepositus camelorum", que arrebanhava e transportava os animais para a arena. Ele administrava o trabalho de centenas de operários encarregados de localizar e capturar milhares de animais. Uma porcentagem aceitável dessas criaturas, de crocodilos a camelos, devia se manter viva durante a viagem marítima.
7>>>Registrador de maldições
Se você vivesse na Antiguidade e estivesse preocupado com concorrentes ou inimigos, bastaria visitar um registrador de maldições. O registrador escrevia, em uma tábua, uma praga de acordo com as especificações fornecidas pelo cliente. Ou oferecia uma de suas genéricas. Para funcionar, a maldição devia ser feita em um templo dedicado à divindade do submundo adequada e a tábua pregada às paredes ou altar. Muitas delas foram encontradas por arqueólogos em antigos santuários, da Inglaterra a Cartago.
8>>>Organizador de orgias
Nada de bagunça e sexo livre: as orgias eram meticulosamente planejadas por figuras religiosas. A palavra "orgia" significava originalmente ritos secretos ou mistérios. No cardápio, danças desinibidas, alto consumo de vinho e, claro, o contato sexual. Os gregos criaram os mistérios dionisíacos, mais tarde incorporados pelos romanos, que os chamavam de bacanais. As bacantes se entregavam à exaltação, que geralmente escapava ao controle. Sucesso total para o organizador, desdenhado pelos que não tinham sido convidados.
9>>>Animador de funeral
Em Roma, trupes de mímicos eram contratadas para animar os funerais. O papel do morto era representado pelo "archimimus", chefe da equipe. O mímico devia personificar o morto, provavelmente para aplacar os espíritos dos ancestrais ou levantar o astral do funeral. Ele usava suas roupas, uma máscara mortuária do falecido e as insígnias de seu ofício. À medida que o cortejo com o cadáver se deslocava da casa até a pira funerária, o animador de funerais era cercado por outros mímicos, que faziam palhaçadas pelo caminho.
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10>>>Comandante de elefantes de guerra
Gregos, romanos e seus inimigos lutaram com elefantes. O animal, conduzido por um comandante, usava uma couraça peitoral, pontas de metal nas presas e coberturas de cabeça e transportava um condutor e três arqueiros. Muitos cavaleiros fugiam diante da visão dos paquidermes. Os elefantes podiam ser usados como escudos, como alas de ataque à infantaria ou à cavalaria inimiga, como destruidores de acampamentos e em cercos. O general macedônio Seleuco certa vez formou uma parede de 480 elefantes como defesa. Já os cartagineses atacavam acampamentos romanos com os animais, deixando que esmagassem o que vissem pela frente.
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